Exploração Regional na Região do Tapajós

A região brasileira do Tapajós cobre uma área de 100.000 km2 (equivalente ao território da Bélgica). Dentro desta região, a Serabi possui concessões que somam aproximadamente 97.000 hectares, incluindo as áreas do Jardim do Ouro.

Há relatos sobre a presença de ouro na Província Mineral do Tapajós que remontam a 1747, na época do Brasil Colônia. A produção aurífera iniciou em meados do século XX com os garimpeiros e chegou ao seu ápice nas décadas de 1970 e 1980, quando atingiu uma produção anual estimada de 15 a 30 toneladas pelas mãos de mais de 500.000 garimpeiros. Desde então, a produção caiu. No entanto, na região ainda há de 2.000 a 5.000 garimpeiros, que produzem cerca de cinco toneladas de ouro ao ano. Estima-se que, até a presente data, a produção na região do Tapajós totalize de 15 a 30 milhões de onças, mas não há relatórios precisos.

Garimpeiros costumavam trabalhar nos depósitos aluvionares e coluvionares de ouro rio acima até chegarem à fonte residual. Eles geralmente trabalhavam em horizonte de saprolito mineralizado residual contendo ouro primário e secundário livre. Caso encontrassem teores extremamente elevados em rocha fresca, os garimpeiros perfuravam poços e garimpavam o veio subterrâneo, abrindo galerias. As técnicas de mineração utilizadas geralmente eram a manual ou hidráulica no saprolito, usando a separação por gravidade e, ocasionalmente, amalgamação por mercúrio. O material de alto teor extraído de rocha fresca ou de minas a céu aberto mais profundas era triturado e, em seguida, separado por gravidades e/ou amalgamado por mercúrio.